Eu me lembro de quando era criança. Mal podia pensar que o dia 12 de outubro estava chegando e ficava ansiosa para receber o meu presente ou a minha grana. Felizmente, tive muitas oportunidades ao longo da vida, inclusive aproveitar o período da infância. Aliás, foi exatamente na minha época de criança que a publicidade massiva começou a decolar e que a erotização precoce entrou no script.
Pensando nisso, decidi fazer três indicações que discutem o significado de infância e de ser criança e o que está presente no universo desses jovens.
A invenção da infância
Clássico. Mostra as disparidades que compõem a realidade das crianças brasileiras. Enquanto aquelas que possuem uma agenda lotada de atividades (escola, natação, balé, vôlei, inglês) se percebem como adultas desde cedo por conta da vida cronometrada, as que trabalham duro a fim de obter abaixo do básico para a sobrevivência e que quase não têm tempo para estudar ou brincar não se veem como adultas.
Criança, a alma do negócio
Muitos não têm ideia do quanto a publicidade é perigosa para as crianças e afeta toda a sua trajetória. Neste documentário, diversos profissionais procuram explicar o que se passa psicologicamente com a criança diante dos anúncios e como ela pode se desenvolver desde cedo com o consumismo fazendo parte de sua vida.
Muito além do peso
Mais recente que os anteriores, este documentário retrata a realidade de crianças do Oiapoque ao Chuí e seus hábitos alimentares, considerando que muitos dos nossos jovens estão acima do peso ou obesos. Discute a alimentação e a saúde das crianças e os possíveis problemas que estão enfrentando muito novas (de coração, diabetes, respiração). Isso para não falar no preconceito que provoca depressão. Um assunto sério que envolve política, escola, família e publicidade.
Este ano foi inaugurado o documentário Tarja Branca. Não pude assisti-lo ainda, mas o tema central é o lúdico: a importância do brincar, tanto na infância quanto na vida adulta.
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